


Sei que estas imagens antigas que colávamos nos cadernos, me confortam.
Lembro-me de muitas vezes não as ter utilizado, porque o caderno iria ter um fim, e as imagens como estavam, seriam sempre, aquelas imagens.
Há muitos anos reencontrei-as em Lisboa em papelarias em fim de vida, que me fascinavam, com pequenos balcões de madeira e prateleiras de onde surgiam aquelas preciosidades.
Espaços de um tempo antigo, como as imagens que me mostravam.
Penso que talvez, porque ainda me sentisse colada a elas, como quando era menina, nunca mais me deixaram.
Com alguma frequência ocorre-me utilizar essas imagens, mas adio sempre.
Seja o que fôr que faça, teria o seu fim.
E as imagens continuam guardadas nos envelopes,
dentro de folhas que as protegem do passar do tempo.
Vão amarelecendo.
Sem comentários:
Enviar um comentário