Quando era criança, em Tavira, chegavam a casa, por correio, livros que o meu pai, desembrulhava apressadamente, com os nossos olhos pregados na surpresa.
Quando li as vidas de Florence Nightingale e Albert Schweizer, fiquei a matutar com muita força, que queria ser missionária.
E via-me então em África, como Schweitzer, num hospital cheio de gente, vestida como as ilustrações que via vezes sem conta de Florence, que era a minha heroína.
Curioso, o hospital parecia-se muito com a casa do meu avô, no Lobito, que a minha avó me mostrava, quando ia buscar as fotografias que eu via, revia e fazia perguntas.
Nessas minhas viagens, agarrava nas bonecas que estavam doentes, e cobria-as para não terem frio. Por vezes, vou buscar esses momentos, quando me enrolo na cama e adormeço com a sensação do bem estar que então sentia.
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