segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Pêssego

A saudade que tenho dos dias quentes.
Nunca tinha visto o Monte Alto em cor de verdete, com o cimento e os vasos a parecerem as casas da Beira
A terra está com um cheiro lavado, e os malmequeres da vila cá estão a cumprir as suas funções.
É o meu jardim.
Vou ter um pessegueiro de uma variedade California, que o sr. José Luís preservou nos seus 20 hectares, ali para os lados da Penina.
Uma terra que vai morrer com ele.
Agora, só o sr. José Luis e dois amigos é que cultivam essa espécie, trazida nos anos sessenta para o Algarve.
O tempo dos pomares de fruta no Algarve.
Lembro-me dos morangos e dos tais pêssegos, espalhados na pedra de mármore do armário da casa de jantar da minha avó. Do cheiro intenso e doce , que só o calor sabe emprestar.
Estou a ver a luz a entrar pelas portadas de madeira branca e a lançar cores no chão preto e branco, e os pêssegos , vermelho sangue e amarelo ouro.
Quando ando por aí, gosto de passar por lá.

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