quarta-feira, 21 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Uma Casa Portuguesa
domingo, 18 de julho de 2010
O corpo e o mar
Fallorca acrílico s/tela
Simplesmente aconteceu,o mar entrar pela janela e deitar-se ao lado dos corpos.
Ritmava com os movimentos, enternecia com os sentidos, desfazia-se nas emoções.
Foi-se deixando ficar, por fim, esquecido de outros lugares,
onde os corpos não existiam.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Longe
Alice Prina
Sentia tanto calor que teve de se estender.
Lembrou-se de quando era criança em Silves.
Do calor.
Assaltaram-na memórias dos cheiros, das cores, de situações.
Do calor que soprava forte na Arrochela e da frescura do chão e das paredes caiadas da casa da avó que lhe serviam de abrigo.
Das casas pobres de Silves.
Uma porta, às vezes uma janela, e um quintal atrás, ou nem isso.
Em todas estas casas havia meninas, com quem só tinha autorização de brincar muito pouco.
As mães andavam por ali, e ao fim da tarde sentavam-se às portas, com um pano no regaço a golpearem as rolhas de cortiça, enquanto os miúdos descalços e, alguns semi-nus, corriam pelas travessas e ruelas, até chegarem à Mata.
Era o delírio.
Apercebiam-se, então, da sua ausência, e apressavam-se a ir buscá-la para lhe dizerem mais uma vez que uma menina não se comportava assim.
Corria como uma flecha pelas escadas acima até se debruçar no murete da açoteia e ir até onde o seu olhar chegava,
longe.
sábado, 10 de julho de 2010
Não é justo
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